Eu quero você assim:
- com defeitos, com prazo de validade, sem selo de qualidade, com a mala nas mãos...
Eu penso em você assim:
- caridosamente vivário, um verdadeiro relicário, de alma estraçalhada e no currículo uma contramão.
Eu preciso de você assim:
- Identidade, CPF, Carteira de Trabalho, CEP e Profissão.
Eu imagino você assim:
- sem idealizações, sem pretensões, sem ilusões, com quaisquer emoções no coração.
Eu desejo você assim:
- dilubriante, embriagante, hipnotizante, perigosamente galante, com uma pitada generosa de ação.
Eu quero você assim:
- selvagem, enérgico, feliz, patético, completamente sem noção!
Eu não quero a tentativa comum do não ser...
Eu quero você!
Mas... Uma dúvida:
- Quem é você?
Um brinde ao romance!
Que seja breve!
Que seja leve!
Que te eleve!
Mas que seja emoção!
quinta-feira, 13 de junho de 2013
terça-feira, 12 de março de 2013
Raro
Quero um amor que me tire do chão!
Não que me ensine a voar...
Mas que tenha a coragem de me fazer desafiar os limites da gravidade!
Quero um amor que me tire o fôlego!
Não que me arranque um simples beijo cuja respiração fica escassa...
Mas que seja o principal motivo pelo qual eu continuo respirando!
Quero um amor que me faça sorrir!
Não que me conte alguma piada infame temporariamente risonha...
Mas que seja o próprio sorriso incansável!
Quero um amor que me ponha viva!
Não que inunde meu âmago de palavras rasas...
Mas que seja o tripé que me sustenta!
Quero um amor que seja convicto!
Não que se proclame de rei utópico das palavras...
Mas que vocifere aos 4 pontos cardeais que nos guia: eu te amo!
Quero um amor que seja eterno!
Não que seja retirado de mais uma história enfadonha das artes dramáticas...
Mas que seja, paradoxalmente, infinito enquanto durar!
Quero um amor que seja verdadeiro!
Não me entendas mal! Não digo no sentido de "rogo aos deuses para que não seja mentira"...
Mas sim no sentido de "rogo aos deuses para que seja real!"
Me tenho de volta ao corpo e percorro as prateleiras empoleiradas com olhos de ressaca.
Desejo incontido.
Anseio por mais.
Percorro meu olhar mais uma vez.
"Cadê? Cadê? Estava aqui outro dia..." - grita meu inconsciente.
Começo a me sentir desconfortavelmente perdida. Sensação estranha.
- O Senhor viu o frasco violeta que estava aqui? - perguntei temerosa ao atendente.
- Desculpe moça, foi vendido. Sabe, está em falta há tempos. Surpreende-me ter permanecido por tanto tempo este último volume... Há algo que a senhorita queira levar no lugar do amor, claro, já que esse está em falta? - sorriu simpático.
Balancei a cabeça cabisbaixa e sai dali.
Agasalhei-me como pude, coloquei as luvas, encarei o nada e sai.
Sem rumo. Ou destino.
Somente atrás daquilo que me move.
O amor.
Mais uma vez.
Quem inventou o amor? Me diga, por favor.
Não que me ensine a voar...
Mas que tenha a coragem de me fazer desafiar os limites da gravidade!
Quero um amor que me tire o fôlego!
Não que me arranque um simples beijo cuja respiração fica escassa...
Mas que seja o principal motivo pelo qual eu continuo respirando!
Quero um amor que me faça sorrir!
Não que me conte alguma piada infame temporariamente risonha...
Mas que seja o próprio sorriso incansável!
Quero um amor que me ponha viva!
Não que inunde meu âmago de palavras rasas...
Mas que seja o tripé que me sustenta!
Quero um amor que seja convicto!
Não que se proclame de rei utópico das palavras...
Mas que vocifere aos 4 pontos cardeais que nos guia: eu te amo!
Quero um amor que seja eterno!
Não que seja retirado de mais uma história enfadonha das artes dramáticas...
Mas que seja, paradoxalmente, infinito enquanto durar!
Quero um amor que seja verdadeiro!
Não me entendas mal! Não digo no sentido de "rogo aos deuses para que não seja mentira"...
Mas sim no sentido de "rogo aos deuses para que seja real!"
Me tenho de volta ao corpo e percorro as prateleiras empoleiradas com olhos de ressaca.
Desejo incontido.
Anseio por mais.
Percorro meu olhar mais uma vez.
"Cadê? Cadê? Estava aqui outro dia..." - grita meu inconsciente.
Começo a me sentir desconfortavelmente perdida. Sensação estranha.
- O Senhor viu o frasco violeta que estava aqui? - perguntei temerosa ao atendente.
- Desculpe moça, foi vendido. Sabe, está em falta há tempos. Surpreende-me ter permanecido por tanto tempo este último volume... Há algo que a senhorita queira levar no lugar do amor, claro, já que esse está em falta? - sorriu simpático.
Balancei a cabeça cabisbaixa e sai dali.
Agasalhei-me como pude, coloquei as luvas, encarei o nada e sai.
Sem rumo. Ou destino.
Somente atrás daquilo que me move.
O amor.
Mais uma vez.
Quem inventou o amor? Me diga, por favor.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Chover
Vontade incansável de umedecer meus pensamentos,
Esfriar os sentimentos,
Escorrer pela mão.
Cair fraca pelas janelas de qualquer avenida...
Derrapar fria em qualquer ferida,
E ao mesmo tempo aquecer o coração.
Mas eu me sinto só...
Eu me sinto só,
Eu me sinto chuva!
Como qualquer um de nós,
Consegue ouvir o som da minha voz?
" - Eu me sinto chuva!"
Vivendo em tal sincronia,
O vento que me sopra,
A esperança que me cega.
Deslizo solta pelo chão,
Murmuro uma breve canção,
Preenche o vazio que me cerca.
Mas a noite fria chega então,
E já não sei o que são...
Lágrima de alegria? Ou chuva de solidão?
Logo, uma voz distante murmura:
" - Prazer, meu nome é chuva."
Esfriar os sentimentos,
Escorrer pela mão.
Cair fraca pelas janelas de qualquer avenida...
Derrapar fria em qualquer ferida,
E ao mesmo tempo aquecer o coração.
Mas eu me sinto só...
Eu me sinto só,
Eu me sinto chuva!
Como qualquer um de nós,
Consegue ouvir o som da minha voz?
" - Eu me sinto chuva!"
Vivendo em tal sincronia,
O vento que me sopra,
A esperança que me cega.
Deslizo solta pelo chão,
Murmuro uma breve canção,
Preenche o vazio que me cerca.
Mas a noite fria chega então,
E já não sei o que são...
Lágrima de alegria? Ou chuva de solidão?
Logo, uma voz distante murmura:
" - Prazer, meu nome é chuva."
domingo, 3 de fevereiro de 2013
Palco
Ele andava. Sem rumo aparente. Imerso em languidez, continuava seu caminho para o que se convencionou chamar de "ali".
Tinha amigos. Tinha uma namorada. Tinha um emprego. Tinha uma família. Tinha tudo. Quase. Faltava somente uma palavra em sua vida: verdade.
Foi quando leu parte de seu roteiro:
"Por que é tão difícil aceitar que a felicidade está onde menos se espera?
Onde você nunca quis que estivesse?
DESISTA!
Você NUNCA vai ter o controle do seu coração.
Apesar de pequeno e de ocupar pouco espaço no seu corpo, é ele quem decide como, o quanto e se você continuará respirando.
Você já superexige da vida!
Não faça isso com o seu coração.
Porque, por mais egoísta que possa parecer, ele sempre pensa no seu melhor.
Nada vai mudar.
Nunca mudou, na realidade."
Então sorriu. Mesmo sem saber porque o fazia. Apenas o fez.
Sorriu.
Por um momento olhou ao seu redor pensando que fosse alguma pegadinha.
Afinal, o personagem que tinha em mãos nada mais era do que ele próprio!
E mesmo depois de tantas dúbias tentativas vãs de entender, descobriu-se tarde demais que o que ele mais queria nem o próprio soube dizer:
Mais amor!
Mas ainda sim, eis que as palmas ressoaram pelo palco dos seus pensamentos!
Mais do que um romance,
Mais do que um drama,
Nada é mais digno de aplausos,
Do que uma simples tragédia.
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