quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Chover

Vontade incansável de umedecer meus pensamentos,
Esfriar os sentimentos,
Escorrer pela mão.

Cair fraca pelas janelas de qualquer avenida...
Derrapar fria em qualquer ferida,
E ao mesmo tempo aquecer o coração.

Mas eu me sinto só...
Eu me sinto só,
Eu me sinto chuva!

Como qualquer um de nós,
Consegue ouvir o som da minha voz?
" - Eu me sinto chuva!"

Vivendo em tal sincronia,
O vento que me sopra,
A esperança que me cega.

Deslizo solta pelo chão,
Murmuro uma breve canção,
Preenche o vazio que me cerca.

Mas a noite fria chega então,
E já não sei o que são...
Lágrima de alegria? Ou chuva de solidão?
Logo, uma voz distante murmura:
" - Prazer, meu nome é chuva."

2 comentários:

  1. É pra ler meio cantado né? Um som de violão ao fundo e eu viajaria nesse texto.

    Boa noite, até breve. "_"

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sim, esse poema nasceu pra ser música! Vamos ver se um dia ela evolui para esse nível!
      Até breve =D

      Excluir