quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Nota sobre um pensamento

Eu me sinto maluca. Bom, na verdade eu me sinto e ponto. Não tenho gás sequer para algo a mais. Sentir já me tem por inteira. Mas a imensidão de sentidos me impede de ser simples. Eu sinto amor. Sinto dor. Sinto paixão. Sinto frio. Sinto você. Amigo, sinto muito!

Raras são as vezes que me proponho a esclarecer as divagações que minha (in)frutífera mente se dispõe a fazer. Mas hoje eu vim com esse empenho fabuloso: explicar!

O que houve com aquele brilho nos olhos que te fazia sorrir abobado para qualquer comercial de margarina na tv logo cedo? Quem furtou teu brilho? Eu sei. Quem nunca se autossabotou? Veja bem. Perdoe-se. Aqui jaz um passado. Eis teu futuro! Arrisque-se!

Quem ousou abrir tuas feridas cicatrizadas? O sangue queima. Dilacera. Corrompe. Se abaixe, fraqueje, chore, grite. Mas não desista. Cicatrize-se. E esteja pronto para novos empurrões. Eles doem. Eles machucam. Eles choram. Mas eles sempre cicatrizam.

Quem apagou teus sonhos? Se sonhar custa nada, rasgue a conta de sonhos disponíveis na prateleira! Use tudo! Esbalde-se! Embriague-se. Mas cuidado. Sonhar é um perigo! Apenas não esqueça de transpassar teu mundo de maravilhas para a vida real. Mesmo que este não exista. Você me entende?

Intensifique sua existência. Ser já não é tão interressante como outrora...

Vez em quando é preciso ser algo, ser alguém, ser quem? Ser eu. Ser você. Seja você!

E é na trasncorrência do infinito particular de cada um que se aprende a, aos poucos, ser.

Até que ponto o que estou falando é verdade? Até que ponto as mãos que escreveram tais palavras existem?


Afinal, qual a diferença entre um corvo e uma escrivaninha?

Um comentário:

  1. Amanda, gostei muito do teu blog e me identifiquei bastante com a tua escrita. Gosto muito desse feeling pessoal de desabafo. Parabéns!

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