sábado, 23 de junho de 2012

Do que amar

Nossas virtudes são medidas na ambiguidade do que é ser.
Nem sempre estamos aptos a sermos bons e amigáveis com todos.
A verdade, esta inegável, diz que há momentos e momentos.
De sorrir e chorar.
De estar feliz e estar triste.
De ser herói e ser vilão.
De ser bom e ser ruim.
De ser vivo e ser humano.
Somo assim, por falta de verdade nos olhos.
Hipócritas!
Egoístas!
Iludidos.
E tão emotivos!
A emoção instalada no âmago do peito esquerdo,
Nos cega, nos aleija, nos morre.
Assim, nesta figura de linguagem absurda!
A tão pronunciada e temível morte morrida,
Atestando a insanidade mental que é:
Deixar pertencer-se.
Deixar adentrar-se.
Deixar amar-se.
Sim! O amor, ah o amor!
Sempre nesse papel dúbio.
A sensação de viver e morrer todo santo dia...
Parece loucura. Mas na verdade é.
Afinal, não existe loucura maior:
Do que abandonar-se.
Do que deixar ser-se de um estranho.
E assim, por via de regra perceber que
Em resumo, não há loucura maior do que o próprio amor.
Amanda Drumont.

2 comentários:

  1. Muito humano teu poema, verdadeiro.
    Vc é D+ Amanda, e não estou sendo gentil, realmente eu amo ler seus poemas, seus pensamentos me encantam de vdd!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Aaaaaaah, qué isso! Assim eu não aguento e me acho! Mas, tipo, você não sabe como é bom ouvir isso de você. Justo de você, cuja escrita me admira e me causa inspiração Aline! Ver que o que eu escrevo atinge de forma correta as pessoas, me deixa estupefata! Essa era a intenção! Mas enfim, obrigado! E não some!

      Excluir