segunda-feira, 25 de junho de 2012

Mas

Você esqueceu de avisar-me o sumo, o deveras, o crucial:
o amor.
Disse-me que seria de bom grado. Que seria verdadeiro.
E que, acima de tudo, seria recíproco.
Mas atingiu-me o falso. O dúbio. O contrário. O não ser.
E não foi.
Alguém me ouve neste frio dia de outono?
NÃO FOI ASSIM.
Não foi assim.
Mentis-te com a mais límpida das faces.
Mas não o culpo. Não a você. Mas a mim.
Em quem confiei plenamente.
COMO PUDE CONFIAR EM MIM MESMA?
Como?
Visto que a nossa vida teria sido um mar de rosas diante do sim, preferistes o não?
A doçura o fez recuar?
EXPLIQUE-ME.
Inúmeras vezes estive aqui.
Aberta, totalmente entregue.
Esperando, clamando, torcendo para que tudo desse certo.
E deu! A você? A mim? A quem? A ninguém.
Desabafo em linhas paralelas porque sei que, apesar de tudo, elas se cruzarão no infinito.
E além! Mágoa? Rancor? Ódio? Não.
Guardo no peito apenas uma coisa.
A melhor das lembranças: o dia em que conheci você.

2 comentários:

  1. Mas... esse "mas" q sempre quer ter algo além p dizer, lindo!

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    1. Por mais que tenhamos um sentimento contrário, sempre haverá um "mas" para contarmos hein? Sempre! E o "mas" é bem mais necessitado de sair e aparecer ao mundo do que imaginamos.

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