quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Soneto à Venda
Na qualidade de proprietário efetivo do seu coração,
Admito: esse pedacinho de terra será posto à venda.
E não espero que você se agrade, se revolte ou entenda,
Nem nutra por mim exacerbos, sentimentos ou comoção.
O meu pesaroso estado de intensa apatia,
Deu vida a essa meta corajosa de se desapagar,
Daquilo que costumava por meus olhos a brilhar,
E que hoje não passam de doses de conhaque e agonia.
Me deixe. Nem pague! Vá embora.
Ao seu amor eu prefiro viver eternamente de esmolas,
E por favor, não queira meu coração adiante.
Na vera, o que eu mais quero é me mudar de ti!
Cada um na sua independência, você aqui e eu ali,
Vivendo seus amores de caxeiro viajante.
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Se isso fosse fácil e simples assim...
ResponderExcluirGostei do seu blog, parabéns pelo texto!
Já pus à venda. Alguém comprar é ooooutra história, literalmente. Por isso não é fácil mesmo não! Seja bem-vinda e disponha!
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